DESENVOLVIMENTO MORAL E RACIONALIDADE NAS ORGANIZAÇÕES: ANALISANDO O DEFINING ISSUES TEST – 2
Palavras-chave:
Desenvolvimento Moral, Racionalidade, Guerreiro Ramos, julgamento moral , Defining Issues Test – 2Resumo
Este artigo tem como objetivo analisar a metodologia e a aplicação do instrumento Defining
Issues Test - 2 (DIT-2), em pesquisas que articulam a Teoria do Desenvolvimento Moral (TDM)
à racionalidade nas organizações. O DIT-2 mensura o construto julgamento moral, elemento de grande relevância para a tomada de decisão e para o entendimento da racionalidade de gestores, empreendedores e colaboradores nas organizações. As pesquisas selecionadas para análise articulam o arcabouço teórico-metodológico do DIT-2 com o da racionalidade, em organizações brasileiras. A análise aborda pressupostos teóricos, características do DIT-2,
procedimentos para aplicação, coleta e análise dos dados, resultados alcançados e contribuições de cada pesquisa. Os resultados indicam que a racionalidade instrumental e substantiva estão associadas aos julgamentos morais. O uso do DIT-2 apresentou, no entanto, limitações na aplicação em virtude de procedimentos de coleta e para apuração dos resultados. Pesquisas futuras podem aplicar esse arcabouço para amostras estatisticamente significativas.
Referências
AMES, M. C. F. D. “Moral da história”: Dilemas, incerteza e a racionalidade de empreendedores econômicos e sociais”. Dissertação (Mestrado). 2015. 392 f. Programa de Pós-Graduação em Administração, Universidade do Estado de Santa Catarina - UDESC, Florianópolis, Santa Catarina, Brasil, novembro, 2015. Disponível em: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=2869477. Acesso em 16/11/2019.
ANDRIOTTI, F. et al. “Proposição de um protocolo para o estudo da intuição e o processo de tomada de decisão”, REGE, v. 21, No. 2, pp. 163-181, 2014.
BATAGLIA, P. U. R. et al. “A teoria de Kohlberg sobre o desenvolvimento do raciocínio moral e os instrumentos de avaliação de juízo e competência moral em uso no Brasil”, Estudos de Psicologia, v. 15, No. 1, pp. 25-32, 2010.
BIAGGIO, A. M. B. Lawrence Kohlberg: ética e educação moral. Moderna, São Paulo, SP, 2002.
BIGGS, D. A.; COLESANTE, R. J. “The moral competence test: an examination of validity for samples in the United States”, Journal of Moral Education, v. 44, No. 4, pp. 498-516, 2015.
CAITANO, D. “A racionalidade substantiva na gestão organizacional: contribuição para consolidação de um campo de estudos”, Unpublished master´s thesis Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis, Santa Catarina, Brasil, 2010.
_______. “Phronesis: uma saída para os limites da razão”. IN: VI Cóloquio Internacional de Epistemologia e Sociologia da Ciência da Administração, 26-28 April, Florianópolis, Brasil, 2017.
CAPES. Catálogo de teses e dissertações. 2016. Disponível em: https://catalogodeteses.capes.gov.br/catalogo-teses/#!/. Acesso em 12/02/2016.
CHERQUES, H. R. et al. “Moral development in organizations: a comparative study between Brazil and Portugal”, ADM.MADE, v. 15, No. 3, pp. 21-38, 2011.
COSTA, A. et al. “Revisitando os estudos da análise da racionalidade nas organizações no Brasil (2013-2016): como se apresentaram as tendências nesses últimos anos?”. IN: VI Cóloquio Internacional de Epistemologia e Sociologia da Ciência da Administração, 26-28 April, Florianópolis, Brasil, 2017.
COSTA, A. E. “Desenvolvimento moral nas organizações: um estudo na Associação de Alcoólicos Anônimos”. 2015. 335 f. Dissertação (Mestrado) Programa de Pós-Graduação em Administração, Universidade do Estado de Santa Catarina – UDESC, Florianópolis, Santa Catarina, Brasil, 2015. Disponível em: http://sistemabu.udesc.br/pergamumweb/vinculos/00006a/00006adc.pdf. Acesso em 16/11/2019.
CSED – Center for the Study of Ethical Development [University of Alabama] (n.d.). Available at: from http://ethicaldevelopment.ua.edu. Acesso em 09/08/2017.
GILLIGAN, C. In a different voice: psychological theory and women’s development. Harvard University Press, Cambridge, MA, 1982.
HAIDT, J. “Moral psychology for the twenty-first century”, Journal of Moral Education, v. 42, No. 3, pp. 281-297, 2013.
KOHLBERG, L. Psicologia del Desarollo Moral. Trans.: Asun Zubiaur Zárate, Cesclée de Brouwer, Bilbao, Espanha, 1992.
LIND, G. “O significado e medida de competência moral revisitada: Um modelo do duplo aspecto da competência moral”. Psicologia: Reflexão e Crítica, v. 13, No. 3, pp. 399-416, 2000.
MEDEIROS, J.; SOUZA, W. “A racionalidade na gestão do setor social: estudos em organizações de caráter solidário”, REGE, v. 18, No. 2, pp. 145-158, 2011.
RAMOS, A. G. Administração e contexto brasileiro: Esboço de uma teoria geral da administração. (2nd ed.), FGV, Rio de Janeiro, RJ, 1983.
_______. A nova ciência das organizações. (2nd ed.), FGV, Rio de Janeiro, RJ, 1989.
_______. A Redução Sociológica. (3rd ed.), UFRJ, Rio de Janeiro, RJ, 1996.
REST, J. et al. A Neo-Kohlbergian Approach: The DIT and Schema Theory. Educational Psychology Review, v. 11, No. 4, pp. 291-324, 1999a.
REST, J. et al. “DIT2: Devising and Testing a Revised Instrument of Moral Judgment”, Journal of Education Psychology, v. 91, No. 4, pp. 644-659, 1999b.
RIZZO, A.; SWISHER, L.L. “Comparing the Stwart-Sprinthall Management Survey and the Defining Issues Test-2 as Measures of Moral Reasoning in Public Administration”, Journal of Public Administration Research and Theory, v. 14, No. 3, pp. 335-348, 2004.
SANTOS, L. “A tensão entre a racionalidade substantiva e a racionalidade instrumental na gestão pública: novos caminhos de um campo de estudo”. Unpublished master´s thesis Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC, Florianópolis, Santa Catarina, Brasil, 2012.
SANTOS, L. et al. Razão e Administração: revisitando alguns conceitos fundamentais. Cad. EBAPE, v. 17(1), pp. 37-48, 2019.
SERVA, M. “Racionalidade e Organizações: O fenômeno das organizações substantivas”, vols. I e II. Unpublished doctoral dissertation Fundação Getúlio Vargas – FGV, São Paulo, São Paulo, Brasil, 1996.
_______. “A racionalidade substantiva demonstrada na prática administrativa”, RAE – Revista de Administração de Empresas, v. 37, No. 2, pp. 18-30, 1997.
SERVA, M. et al. “A análise da racionalidade nas organizações: um balanço do desenvolvimento de um campo de estudos no Brasil”, Cad. EBAPE.BR, v. 13, No. 3, pp. 414-437, 2015.
SILVA, M. “Racionalidade substantiva no processo decisório: um estudo em instituições que lidam com o tratamento oncológico infanto-juvenil na cidade de Natal (RN)”, Rev. Adm. Pública, v. 45, No. 5, pp. 1327-1361, 2011.
SIQUEIRA, G.; SERVA, M. “Tensão entre racionalidades na abordagem substantiva das organizações”. IN: IV Cóloquio Internacional de Epistemologia e Sociologia da Ciência da Administração, 26-28 March, Florianópolis, Brasil, 2014.
TAVARES, M. et al. “Construção e validação de uma escala de valores sociomorais”, Cadernos de Pesquisa, v. 46, No. 159, pp. 186-210,2016.
THOMA, S. J. “Research on the Defining Issues Test”. IN: KILLEN, M.; SMETANA, J. (Eds.), Handbook of Moral Development, Lawrence Erlbaum Associates, Mahwah, NJ, pp. 67-91, 2008.
THOMA, S. J.; DONG, Y. “The defining issues test of moral judgement development”, American Psychological Association, v. 19, No. 3, pp. 55-61, 2014.
WEBER, M. Economia e sociedade: fundamentos da sociologia compreensiva. Regis Barbosa; Karen Elsabe Barbosa (Trans), Editora Universidade de Brasília, Brasília, DF, 1999.
_______. Ensaios de sociologia. Rio de Janeiro: LTC, 2002. (Parte I: A política como vocação e A ciência como vocação).
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Revista de Empreendedorismo e Gestão de Micro e Pequenas Empresas
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
Divulgação e compartilhamento:
A revista permite a divulgação dos artigos publicados (p´os print) em webpage pessoais e institucionais dos autores, repositórios institucionais e temáticos, bem como em redes sociais.
Os artigos são licenciados sob a versão Atribuição-NãoComercial-Compartilhamento pela mesma Licença 4.0 Internacional
