A EVOLUÇÃO DO MICROCRÉDITO NO BRASIL – INCLUSÃO FINANCEIRA E NOVAS TECNOLOGIAS

Autores

  • Rodolfo Vieira Nunes Universidade de São Paulo - USP e Universidade Estadual do Maranhão - UEMA
  • Fernando Rodrigues Malafaia Universidade de São Paulo - ESALQ/USP
  • George André Willrich Sales Faculdade FIPECAFI

Palavras-chave:

Microcrédito, Inclusão Financeira, Tecnologia

Resumo

O presente artigo mostra um estudo sobre o microcrédito no Brasil e a sua evolução ao longo das décadas, e como essa política social é fundamental para o país. Pois, entre outros fatores, o objetivo do microcrédito é reduzir a desigualdade social e fomentar o empreendedorismo em classes menos favorecidas, assim é apresentado, como evidência, os possíveis benefícios que a utilização da tecnologia pode surtir na modalidade. A metodologia está estruturada em 3 pilares, sendo uma pesquisa descritiva em relação aos objetivos, no aspecto dos procedimentos técnicos é bibliográfica e sendo qualitativa na abordagem do problema. O resultado evidencia que o uso da inovação tecnológica  no segmento de microcrédito ainda é primário, demonstrando como ela pode vir a ser utilizada para alcançar um número maior de clientes e diminuir a inadimplência, facilitando e desburocratizando a forma de empréstimo para pequenos empreendedores. Essa pesquisa contribui em apresentar uma visão da importância da inovação tecnológica em uma parte do setor financeiro, onde será necessário para as instituições financeiras se adequarem a essa evolução.

Biografia do Autor

Rodolfo Vieira Nunes, Universidade de São Paulo - USP e Universidade Estadual do Maranhão - UEMA

Doutorando em Administração pela Universidade de São Paulo - FEA/USP. Professor Substituto na Universidade Estadual do Maranhão - UEMA.

Fernando Rodrigues Malafaia, Universidade de São Paulo - ESALQ/USP

Graduado em Engenharia de Energia pela Universidade de Brasília - UnB e Pós-Graduado (MBA) em Gestão de Projetos pela Universidade de São Paulo - USP/ESALQ.

George André Willrich Sales, Faculdade FIPECAFI

Doutor em Administração de Empresas pela Universidade Presbiteriana Mackenzie – UPM. Professor do Mestrado na Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras – FIPECAFI e Professor na Graduação da Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP.

Referências

Alice, L., & Ruppenthal, J. E. 2012. Microcrédito como fomento ao empreendedorismo na base da pirâmide social. Revista Gestão da Produção Operações e Sistemas, (1), 23.

Almeida, W. L. M. 2009. O sistema de microcrédito como estratégia de redução da pobreza: uma avaliação no âmbito dos municípios nordestinos. 2009. 128 f. Dissertação de Mestrado, Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão. Disponível em: https://ri.ufs.br/jspui/handle/123456789/4518

Alves, M. B. 2006. O microcrédito: mais uma panaceia?. Revista Portuguesa de Estudos Regionais, (13), 45-54.

Andrade, M. M. 2008. Como preparar trabalhos para cursos de pós-graduação: Noções Práticas. 7ª ed. São Paulo: Atlas.

Barone, F. M., Lima, P. F., Dantas, V., & Rezende, V. 2002. Introdução ao microcrédito. Brasília: Conselho da Comunidade Solidária, 65.

Bastos Filho, R. A., Pimenta Magalhães, F. G. G., Cunha, W. A. D., & Silva, E. A. 2016. Políticas públicas de acesso ao microcrédito: cartão C3 como alternativa de combate à desigualdade social no município de Viçosa-MG. Revista de Gestão e Contabilidade da UFPI, 2(2).

Bijos, L. 2004. A trajetória dos programas de microcrédito: Brasil/Canadá. Interfaces Brasil/Canadá, 4(1), 157-178.

Blumberg, A. P. 2018. Lógicas de actuação das empresas fintech : o caso das fintech plataforma no Brasil. 51 f. 2018. Dissertação de Mestrado, Universidade de Lisboa. Lisboa. Disponível em: https://www.repository.utl.pt/handle/10400.5/17798

Brasil. 2018. Lei nº 13.636, de 20 de março de 2018. Dispõe sobre Programa Nacional de Microcrédito Produtivo Orientado (PNMPO); e revoga dispositivos das Leis n º 11.110, de 25 de abril de 2005, e 10.735, de 11 de setembro de 2003. Presidência da República. Secretária-Geral. Subchefia para Assuntos Jurídicos. Diário Oficial da União. Brasília, 2018. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13636.htm

Camacho-Beas, L. E. 2010. Impacto de las microfinanzas en el bienestar e importancia de las pymes en la economía mundial. Ingeniería Industrial, (028), 61-83.

Câmara dos Deputados. 2018. Institutos de microcrédito elogiam mudanças na legislação, mas apontam problemas na nova lei. Economia. Brasília. Disponível em: https://www.camara.leg.br/noticias/538941-instituicoes-de-microcredito-elogiam-mudancas-na-legislacao-mas-apontam-problemas-da-nova-lei/

Carballo, I. E., & Dalle-Nogare, F. 2019. Fintech e inclusión financiera: los casos de México, Chile y Perú. Revista CEA, 5(10), 11-34.

Christensen, C. M., Raynor, M. E., & McDonald, R. 2015. What is disruptive innovation. Harvard business review, 93(12), 44-53.

Chishti, S., Barberis, J., & Vidal, M. 2017. El futuro es Fintech. 1ª ed. Madrid: Deusto Ediciones.

Cordeiro, A. M., Oliveira, A. P., & Duarte, D. P. 2019. Fintech: Desafios da Tecnologia Financeira. 2ª ed. São Paulo: Almedina.

Costa, F. N. 2010. Microcrédito no Brasil. Texto para discussão n. 175. IE/Unicamp, Campinas.

Diniz, E. H. 2010. Correspondentes bancários e microcrédito no Brasil: tecnologia bancária e ampliação dos serviços financeiros para a população de baixa renda. Relatório 04/2010. Fundação Getúlio Vargas, São Paulo. Disponível em: https://bibliotecadigital.fgv.br/dspace/handle/10438/13365

Evans, D. S., & Schmalensee, R. 2016. Matchmakers: The new economics of multisided platforms. Harvard Business Review Press.

Fintechlab. 2020. Edição 2020 do Radar FintechLab detecta 270 novas fintechs em um ano. Report Fintechlab. Radar. Disponível em: https://fintechlab.com.br/index.php/2020/08/25/edicao-2020-do-radar-fintechlab-detecta-270-novas-fintechs-em-um-ano/.

Gil, A. C. 2008. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6ª ed. São Paulo: Atlas.

G1. 2019. Brasil tem 20 milhões de empreendimentos. Pequenas Empresas & Grandes Negócios. Rio de Janeiro. Disponível em: https://g1.globo.com/economia/pme/pequenas-empresas-grandes-negocios/noticia/2019/02/03/brasil-tem-20-milhoes-de-empreendimentos-no-brasil.ghtml

Gulli, H. 1998. Microfinance and Poverty: Questioning the Conventional Wisdom. Washington: Inter-American Development Bank.

Locomotiva Pesquisa & Estratégia. 2019. Um em cada três brasileiros não têm conta em banco. Newsletter, São Paulo. Disponível em: https://www.ilocomotiva.com.br/single-post/2019/09/24/Um-em-cada-tr%C3%AAs-brasileiros-n%C3%A3o-tem-conta-em-banco-mostra-pesquisa-Locomotiva

Melo, N. M. 2008. Sebrae e Empreendedorismo: origem e desenvolvimento. 139 f. 2008. Dissertação Mestrado Universidade Federal de São Carlos, São Carlos.

Ministério da Economia. 2019. Informações Gerais do Programa Nacional de Microcrédito Produtivo Orientado: Informações consolidadas do exercício de 2018. Secretaria Especial de Produtividade, Emprego e Competitividade, Brasília. Disponível em: http://portalfat.mte.gov.br/wp-content/uploads/2019/07/RELAT%C3%93RIO-DE-EXECU%C3%87%C3%83O-DO-PNMPO-EXERC%C3%8DCIO-DE-2018.pdf

Monzoni Neto, M. P. 2008. Impacto em renda do microcrédito. São Paulo: Peirópolis.

Nunes, R. V., Sales, G. A. W., & Carvalho, R. D. 2019. A Evolução do Microcrédito e o Empreendedorismo no Brasil durante o Período de Instabilidade Econômica de 2014 a 2016. Revista Eletrônica do Departamento de Ciências Contábeis & Departamento de Atuária e Métodos Quantitativos (REDECA), 6(1), 1-20.

Ontiveros, E.; Enríquez, A. M.; & Sabater, V. L. 2014. Microfinanzas y TIC: Experiencias innovadoras en Latinoamérica. Fundación Telefónica. Madrid: Ariel.

Orozco-Gutierrez, M. (2019). El microcrédito, elemento clave del desarrollo económico rural: un estudio de caso. Revista CEA, 5(9), 147-159.

Perez, D. 2017. P2P Lending no Brasil via Operações Ativas Vinculadas. Medium. Blog. Disponível em: https://medium.com/@diegolatoex/p2p-lending-no-brasil-via-opera%C3%A7%C3%B5es-ativas-vinculadas-2292e3bb993

Rhyne, E., & Otero, M. 2006. Microfinance through the Next Decade: Visioning the Who, What, Where, When and How. Boston: ACCION International.

Richardson, R. J. 2017. Pesquisa social: métodos e técnicas. 4ª ed. São Paulo: Atlas.

Rocha, F. G. 2001. Microcrédito: o caso do Vivacred. Revista de Administração Municipal, 21-26.

Schreiner, M. 2001. Informal Finance and the Design of Microfinance. Development in Practice, 637-640.

Silva, R. V. M. 2007. Disseminação de programas públicos de microcrédito: o caso da região metropolitana de São Paulo. 185 f. 2007. Dissertação de Mestrado, Fundação Getúlio Vargas, São Paulo. Disponível em: https://bibliotecadigital.fgv.br/dspace/handle/10438/2408

Silveira Filho, J. A. 2005. Microcrédito na Região Metropolitana do Recife: Experiência Empreendedora do CEAPE. 81 f. 2005. Dissertação de Mestrado, Universidade Federal de Pernambuco, Recife. Disponível em: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/4355

The Economist Intelligence Unit. 2018. Global Microscope 2015: The enabling environment for financial inclusion. Sponsored by MIF/IDB, CAF, Accion and the Metlife Foundation. New York. Available in: http://graphics.eiu.com/assets/images/public/Microscope_on_Microfinance_2014/EIU-Microscope-Dec-2015.pdf

Yan, J., Yu, W., & Zhao J. L. 2015. How signaling and search costs affect information asymmetry in P2P lending: the economics of big data. Financial Innovation, 1(1), 19.

Yunus, M., & Jolis, A. 2000. O banqueiro dos pobres: a revolução do microcrédito que ajudou os pobres de dezenas de países. São Paulo: Ática.

Publicado

2020-12-31

Como Citar

Nunes, R. ., Malafaia, F., & Sales, G. (2020). A EVOLUÇÃO DO MICROCRÉDITO NO BRASIL – INCLUSÃO FINANCEIRA E NOVAS TECNOLOGIAS. Revista De Empreendedorismo E Gestão De Micro E Pequenas Empresas, 5(03), 173–191. Recuperado de https://www.revistas.editoraenterprising.net/index.php/regmpe/article/view/258